Missile Command #1: A Chegada do Modelo Cocktail
A lista dos 15 arcades que escolhi para montar um game room inclui o Missile Command na versão Upright, que possui um belo gabinete, e naquele texto mencionei ainda a versão Cockpit, que é basicamente impossível de achar.
Porém, eis que, para minha surpresa, encontrei uma versão Cocktail à venda por um bom preço. Como é pouco comum achar o arcade nesta versão, resolvi adquiri-lo.
Os modelos Cocktail eram bastante conhecidos no mercado americano e foram feitos para utilização em bares, permitindo que jogadores se sentassem ao redor da máquina e depositassem bebidas em sua superfície. Para saber mais, consulte meu post sobre os diferentes tipos de arcades.
Uma característica única dos Cocktails é a comodidade para disputar partidas entre dois jogadores. Esses gabinetes possuem sempre dois painéis de controle, dispostos na maioria das vezes em lados opostos. Quando um jogador perde uma vida, o display gira 180 graus, ficando invertido para quem perdeu e na disposição correta para o jogador da vez.
O gabinete deste Missile Command se encontrava em estado um tanto precário, com partes quebradas e muita sujeira interna, indicando que o monitor havia sido substituído por um modelo com chassis diferente do original. Por consequência, o quadro foi serrado para comportar o novo tubo, porém o antigo proprietário não se deu ao trabalho de desmontar a eletrônica.
Entretanto, justamente a eletrônica deste arcade estava em excelente estado, o que acabou fazendo sua aquisição valer a pena. Em um arcade, as partes mais caras são a placa-mãe e o monitor.
Inspeção e Primeira Partida
Antes de ligar um arcade que foi transportado, é muito importante verificar se todos os cabos estão em seus devidos lugares e se nada soltou ou quebrou durante o trajeto. Essa inspeção permite ligar o arcade com relativa segurança.
Após verificar que estava tudo em ordem, liguei a máquina e iniciei a minha primeira partida. A experiência foi surpreendente. Constatei imediatamente como o jogo é rápido e muito mais difícil do que as versões para consoles.
De fato, o jogo é tão difícil que, meses depois, a melhor pontuação que consegui é cerca de 50% maior que a da primeira noite. Este é um arcade feito certamente para humilhar o jogador!
Não à toa, uma opinião comum a seu respeito é que “it gets too difficult too fast”, ou seja, ele fica muito difícil muito rapidamente.
Este post é parte de uma série. O capítulo anterior é: 00 – Post Introdutório: A Única Forma de Jogar.
O próximo post é o 02 – Trackball: Um Controle Muito Especial.