O Ser Humano e a Necessidade de Aprovação

O Ser Humano e a Necessidade de Aprovação

“… A necessidade que cada ser humano tem da aprovação do seu semelhante, a necessidade de se cultivar a camaradagem – a necessidade psicológica, quase fisiológica, da aprovação do pensamento e da ação de cada um … Os homens morriam para ter essa aprovação, sacrificavam-se por essa aprovação, por essa aprovação viviam vidas odiadas…”

Esta citação, embora se encaixe perfeitamente em nosso dia a dia, é de 1952. Pode ser encontrada no livro “Cidade“, conforme traduzido para o português a partir do original City, de Clifford D. Simak, sem dúvida um dos mais geniais autores de ficção científica da história (obs.: na edição brasileira de 1961, há um erro na tradução da palavra “fisiológica”, eu traduzi corretamente a partir do livro original).


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Em Defesa do Rei do Camarote

Em Defesa do Rei do Camarote

Internautas unidos (principalmente através das mídias sociais) iniciaram a semana escrachando e debochando de Alexander de Almeida, o “Rei do Camarote“, assim definido por Veja São Paulo em matéria sobre os esbanjadores da balada paulistana.

Como eu posso querer defendê-lo? Bem, eu também considero ridícula a atitude de ostentação e “amigão da garotada” demonstrada por Alexander no vídeo que, por bem ou por mal, trouxe esse cidadão pitoresco para a linha de frente do escárnio nacional:

Entretanto, o maior problema é que… bem, eu conheço muitas pessoas assim. Várias delas estão no meu Facebook, assim como conheço muitas mulheres que ficam se humilhando (e não percebem) para homens que bancam suas bebidas, em uma atitude que beira uma forma de “prostituição light“. Afinal, trocar sexo por dinheiro ou beijinhos por bebidas, no meu ver, representa a mesma coisa.

Então Alexander, deslumbrado ou inocente (ou ambos, você decide) apenas deu voz a milhares de pessoas que pensam como ele


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Você Viveria Bem em um Mundo Perfeito?

Você Viveria Bem em um Mundo Perfeito?

O fim do ano se aproxima e para muitas pessoas é uma época para rever o período, planejar metas e desejar um ano melhor. Melhor? Sim, pois quase sempre queremos algo a mais do que temos. Faz parte do impulso do ser humano e pode ser bom. Entretanto, percebo uma divisão nítida no perfil de pessoas que desejam alçar esse degrau.

O ambicioso deseja a mudança através da evolução, seja ela pessoal, financeira, profissional, espiritual ou qualquer combinação entre elas (ambição desmedida leva à ganância, mas isso fica para outro post). Esse perfil ambicioso, podemos chamar de otimista.


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Princípios da Incompetência – Parte 2

Princípios da Incompetência – Parte 2

O primeiro capítulo desta série de artigos discutiu a Ciência da Hierarquiologia, explicando, com exemplos, como as pessoas tendem a ser promovidas até atingirem seus níveis de incompetência dentro das organizações.

Parte 2 – Aparentes Exceções à Regra

Dizem que toda regra tem exceção. No mundo de Peter, aparentemente, isso não se confirma.

Seu livro relata casos raros de extrema competência em que a pessoa não atingiu o seu nível de incompetência nem mesmo ao chegar no topo da pirâmide organizacional. Entretanto, Peter justifica ao dizer que a organização simplesmente “não tinha degraus suficientes” para a pessoa atingir o seu nível de incompetência. Algumas pessoas precisam mudar de organização ou mesmo de setor (privado para governo, governo para militar e assim por diante) para chegarem ao seu nível de incompetência. Interessante.


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Princípios da Incompetência – Parte 1

Princípios da Incompetência – Parte 1

Parte 1: Peter e a Ciência da Hierarquiologia

Laurence J. Peter foi um gênio. Sua obra-prima, o livro The Peter Principle, de 1969, foi apelativamente traduzida no Brasil como “Todo Mundo é Incompetente, Inclusive Você“, com brilhantes ilustrações do Ziraldo.

Peter foi um educador, auto-intitulado “hierarquiologista” e dedicado a desvendar os princípios por trás da produtividade das organizações.

Sua teoria – O Princípio de Peter – proveniente de muitas observações, diz o seguinte:


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Sua Vodca Vale R$ 200 a Garrafa?

Sua Vodca Vale R$ 200 a Garrafa?

Existe um costume muito difundido de consumir vodcas “super premium” nas baladas chiques. Uísque ficou velho, vodca é a bola da vez e vodcas “premium” já são normais – “super premium” é a categoria de quem pode. Engana-se quem acredita que isso se aplica a Curitiba, São Paulo ou Brasil. A economia é global e o fenômeno mundial, amparado pelo poder da mídia. O melhor exemplo é a Grey Goose, a vodca que inaugurou a categoria “super premium” nos Estados Unidos.

A vodca cara vale o dinheiro que você paga? Há diferença realmente perceptível no sabor?


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