Bebidas Essenciais para Montar um Bar Básico

Muitos amigos me perguntam quais são as bebidas básicas para se montar um bar. Achei uma boa ideia para um post.

Portanto, montei uma lista básica das principais bebidas e frutas que considero essenciais para montar um bar sem maiores investimentos e permitindo, sobretudo, preparar dezenas ou centenas de cocktails a partir das combinações possíveis.

Vodcas

Aperol Nacional/Importado e Vodcas Flavorizadas - Antonio Borba

  • Básica: Absolut ou qualquer outra marca importada. Não existe diferença considerável de sabor entre as vodcas e quem afirma o contrário geralmente está enganado.
  • Flavorizada: recomendo somente uma vodca de limão, a Absolut Citron, que é clássica nesta categoria. Como ótimas opções, entretanto, é possível ter uma Danzka ou Ketel One também flavorizadas com o cítrico.

Rum

Rum - Diversas Marcas - Antonio Borba

  • Carta branca: um rum claro é essencial para a preparação de cocktails. Já o rum ouro é raramente utilizado. Entre as opções de boa qualidade estão Mount Gay ou Havana Club, que já não possuem aquele sabor excessivamente marcante dos runs nacionais.

Gim

Gim - Coleção Bombay Sapphire e Tanqueray - Antonio Borba

  • Básico: Tanqueray ou Bombay Sapphire são gins ótimos e obrigatórios para o preparo de inúmeros cocktails. De forma geral, boa parte dos gins importados, sobretudo os legítimos London Dry ingleses, cumprirão esse papel sem problemas.
  • Premium: um nível acima dos básicos, os gins premium são recomendados principalmente para apreciadores de Dry Martini. Nesse caso, duas bebidas em particular valem o investimento, apenas para citar as mais facilmente encontradas – Tanqueray Ten é a versão premium do gim de mesmo nome e fica ótimo na preparação com casca de limão siciliano, enquando o Hendricks é um gim de excepcional qualidade que combina melhor com rodelas de pepino.

Tequila

  • Carta branca: assim como o rum, na preparação de cocktails apenas a versão clara da tequila é considerada essencial. Eu recomendo as marcas mais renomadas, que são a Patrón ou a 1800. Opcionalmente, as marcas básicas como José Cuervo, Sauza ou Camino Real são igualmente válidas. A Camino Real é um pouco suave demais para o meu gosto.

Uísques

Coleção Jim Beam - Bourbon - Antonio Borba

  • Blended: como um uísque básico e de sabor suave para qualquer cocktail, recomendo Johnnie Walker (tanto Red quanto Black).
  • Bourbon: uísque de milho, essencial para diversos preparos, também é conhecido como um “Whiskey” – termo essencialmente americano. Jim Beam é um clássico desta categoria, com ótimo sabor e boa relação custo/benefício. Jack Daniels não é considerado Bourbon apenas pelo fato de ser engarrafado no Tennessee em vez de Kentucky. Ele pode ser utilizado da mesma maneira, entretanto seu sabor é mais acentuado e pode marcar demais um cocktail.
  • Rye: variação preparada a partir de centeio, o “Rye Whiskey” é um produto ainda mais típico dos Estados Unidos e dificilmente importado para outras regiões. Costuma ser menos encorpado que o Bourbon, e é requisitado para alguns cocktails como Boulevardier. Se viajar à América, tenha certeza de trazer qualquer um na mala (não deixe para o Duty Free). Na falta de um legítimo Rye, alguns especialistas recomendam utilizar o sofisticado Bourbon Woodford Reserve, que é encontrado mais facilmente, inclusive no Brasil.
  • Flavorizados: como uma opção a mais, considere ter um ou mais uísques flavorizados em seu bar (geralmente Bourbons). Jim Beam Honey tem um bouquet fantástico e pode ser a base de sofisticados cocktails. No Brasil, o Jack Daniels Honey é mais facilmente encontrado por ter importação oficial. Entretanto, seu sabor mais ríspido não o torna ideal para boa parte das receitas. Outras variações de flavorização geralmente são feitas a partir de cereja, como o Jim Beam Red Stag.

Absinto

Absintos: Neto Costa, o melhor - Antonio Borba
Capítulo à parte, o absinto entra e sai de moda há décadas. Apesar de existirem inúmeros cocktails com esta bebida, na minha experiência apenas uma marca possibilita fazer as melhores receitas: Neto Costa, o absinto português. Ele possui o tom de anis mais suavizado e, portanto, permite harmonizar melhor com sucos e outras bebidas.

Bitters e Vermutes

Bitters e Vermutes - Antonio Borba

  • Bitters: Campari é uma bebida essencial para o preparo de diversos cocktails fáceis e conhecidos como o Negroni, e Aperol entrou como tendência há poucos anos por ser mais suave e menos alcoólico, servindo de base para uma série de cocktails que agradam também ao público feminino. O Aperol pode substituir o Campari para versões menos amargas dos mesmos cocktails. Em ambos os casos, se conseguir achar os equivalentes importados (Campari é mais fácil de achar do que Aperol), invista, pois a diferença de qualidade é gritante.
  • Vermute tinto: Carpano Classico é meu vermute tinto favorito, logo depois do Riccadonna, marca do Grupo Campari que nunca mais achei no Brasil. É essencial para o preparo de clássicos que vão do Manhattan ao Negroni.
  • Vermute seco: a linha dos vermutes brancos é composta pelo seco e pelo bianco, que é o mais doce. O seco (dry) é o ideal para preparar a maior parte dos cocktails, incluindo o Dry Martini e suas variações. Como referência clássica, geralmente utiliza-se o Noilly Prat, francês.

Licores

Linha Marie Brizard de Licores - Antonio Borba
A diversidade de licores disponíveis no mercado é tão grande que resolvi elencar, por ordem de prioridade, aqueles mais importantes. É através dos licores que você poderá compor diversos cocktails em combinação com as bebidas-base listadas anteriormente. A marca referência de qualidade é a francesa Marie Brizard, que você deve buscar para os sabores genéricos, salvo se indicado.

Ordem de prioridade – em cima, os principais:

  • Curaçau Triple Sec: básico de laranja utilizado quase sempre.
  • Curaçau Blue: menos prioritário, mas um clássico essencial para atingir certas colorações.
  • Cointreau: é diferente do Triple Sec, mas um pode ser utilizado em subsituição do outro.
  • Amaretto: pode ser também das marcas Del Orso ou Disaronno.
  • Melão: se possível, o japonês Midori.
  • Menta: se possível, em vez do verde o transparente (white) que dará uma gama maior de cocktails.
  • Cacau: idem, se possível utilizar o transparente (white).
  • Pêssego
  • Grenadine: geralmente não-alcoólico, é um xarope de romã.
  • Hazelnut: o exemplo mais conhecido é o Frangelico.
  • Amarula
  • Amarula Gold: nova variação disponível em free shops, vale cada centavo.
  • Cherry Brandy
  • Cassis: o padrão é Gabriel Bouldier. Licor essencial para preparação do Kir.

Essências

Capítulo à parte, as melhores essências, kit-sobrevivência de um barman, são as importadas da Rose’s. Nos Estados Unidos, são tão baratas que muitas vezes nem é possível encontrá-las em lojas de bebidas, mas somente em supermercados. Entretanto, para certas linhagens de cocktails como o Metropolitan ou, especialmente aqueles encontrados em cadeias americanas como TGI Friday’s e similares, são fundamentais. Basta ter duas:

  • Rose’s Lime
  • Rose’s Sweet & Sour Mix.

Sucos

Periodicamente, é necessário renovar seu estoque de sucos, e eles são realmente essenciais para uma grande parte dos cocktails.

  • Cranberry: é base para uma diversidade de misturas, mas é conhecido principalmente pelo Cosmopolitan, que deve ser o drink que mais preparei no meu bar até hoje.
  • Laranja: a escolha é difícil, pois precisa ser um suco o mais natural possível, com gosto de laranja de verdade. Do contrário, pode destruir um drink. Se for fazer natural, a laranja precisa ser azeda.
  • Pêssego: produz combinações interessantes e geralmente pode ser utilizado em substituição ao suco de laranja como uma variação.
  • Abacaxi: é super clássico, mas aqui o cuidado é o mesmo que com o suco de laranja – somente um abacaxi natural vai trazer um bom resultado. Sucos concentrados estão fora de cogitação.
  • Grapefruit: mais exótico, no Brasil ocasionalmente é possível encontrar o suco de Pink/Ruby Grapefruit, sempre importado. Abre a janela para preparar alguns ótimos drinks.
  • Lichia: mais moderno, não há tantos cocktails prontos com ele, mas se bem aplicado pode trazer um grande diferencial a uma bebida. Recomendo para criar novas receitas.

Frutas

Algumas frutas são verdadeiramente essenciais para um bar. Se você não as tiver, diga adeus para quase todos os cocktails. As mais importantes são:

  • Limão: o limão-taiti, em inglês, é conhecido como lime, então cuidado para não confundir.
  • Limão-siciliano: quando você ver em uma receita em inglês escrito apenas “lemon“, é desse que estão falando.
  • Laranja-bahia: básica para guarnecer e flavorizar uma série de drinks, entre eles o Negroni e o Aperol Spritz.
  • Lima-da-pérsia: menos comum, mas eu costumo utilizar bastante na preparação de limonadas e infusões. Em inglês, é key-lime.
  • Pepino: útil sobretudo para Gim Tônicas ou Dry Martinis preparados com o gim Hendricks. Do contrário, não é necessário.

Gasosos

Há uma série de bebidas que você não pode esquecer, que são absolutamente necessárias em uma série de drinks. Elas são:

  • Espumante: opte sempre pelo brut.
  • Coca-Cola: para sair a clássica Cuba Libre ou drinks como o Long Island Iced Tea.
  • Sprite: nossa substituição nacional ao 7-Up, referência para uma série de cocktails.
  • Água tônica: essencial sobretudo para combinar com Gim ou Campari.
  • Club soda: mais neutra, é requisitada em mais cocktails que a água tônica, incluindo as variações de “Collins.
  • Água com gás: menos utilizada, mas parte essencial de cocktails como Aperol Spritz. Se possível, tenha em garrafa com bico e gatilho, para servir direto no copo, já fazendo a mistura.

Xarope
Preparação do Sugar Syrup - Açúcar Refinado e Versão Demerara - Antonio Borba
Finalmente, mais essencial do que qualquer outra coisa, é você preparar um xarope de açúcar, também conhecido como symple syrup ou sugar syrup. Para adoçar qualquer bebida no bar, você quase nunca vai utilizar o açúcar em pó (salvo se expressamente mencionado). Em 90% dos casos, o syrup é utilizado como forma de adoçar  para manter uma padronização de receita e, ao mesmo tempo, obtendo diluição completa, sem deixar resíduos ao fundo do copo e evitando turvar a bebida.

Para prepará-lo, é bastante simples: misture proporções iguais de água e açúcar refinado, coloque em uma panela e esquente. Não deixe ferver. Quando o açúcar começar a levantar bolhas, mexa a mistura e mantenha-a em movimento. Desta forma, você evitará que o xarope fique com gosto de queimado. Em poucos segundos após as primeiras borbulhas aparecerem, o açúcar já estará completamente dissolvido na água, e não sedimentará mais. Em seguida, coloque em algum recipiente, deixe esfriar, tampe e mantenha na geladeira.

O symple syrup dura cerca de duas semanas refrigerado. Se você adicionar um pouco de vodca à mistura (meia dose em um recipiente de meio litro, depois de pronto), é possível guardar por cerca de um mês.

12 Respostas para Bebidas Essenciais para Montar um Bar Básico

  1. Vinicius Dias disse:

    Finalmente um post completo sobre as bebidas necessárias para um bar em casa, eu diria que até que juntando o post inteiro da pra ter um bar bem avançado… apenas senti falta de um Sake.

    Estou montando um bar em casa e atualmente tenho:
    Aperol
    Campari
    Vermute (Branco, Rosso e Seco)
    Tequila Ouro (pra tomar pura mesmo)
    Rum Branco
    Cachaça (prata e ouro)
    Vodka

    Ainda não me aventurei na vodka e no gin ainda, mas já estão na lista!

    Obrigado, abraços de Minas Gerais!

  2. Antonio Borba, boas
    Gostei de sua publicação, clara e objetiva.
    Me deu uma boa noção.
    Parabéns a todos.

  3. Marcos Vinicius Scarpetta disse:

    Meu amigo Borba, eu voltei.
    Fato curioso foi que achei sua resposta ao meu post sobre vodcas no google, li seu comentário e decidi dar uma navega por sua página.
    Vou te contar uma histórinha…kkkk
    Sou descendente de italianos e cresci bebendo muito vinho, é o que mais gosto mas o universo de marcas e sabores é enorme.
    Tenho meus preferidos mas longe de serem unanimidade.
    Não pensava muito em destilados até que vim morar em cidade praiana.
    Antes disto, me apaixonei por colônias e fui comprando um monte…
    Assim como bebidas, alguns são bons mas a maioria não valem o que custam.
    Eu tinha que conhecer e saber alguns por quês..
    Até peguei uma alergia (graças a Deus) e tive que reduzir o consumo de colônias.
    Sem brincadeira, ainda devo ter uns 130 frascos em sua maioria lacrados no meu armário.
    Você escreveu pra caramba neste post hein?
    Vamos então por partes pq sei que cada um de nós é muito diferente em gostos.
    Acho muito legal vc vir dar a cara a tapa aqui, instruindo, orientando e divertindo seus seguidores.
    Não faria isto pq me acho muito pouco expert no assunto então, lá vão minhas opiniões leigas:

    Eu não comparo o Campari com o Aperol pq são muito….muito diferentes.
    Vc sabe que ambos são italianos e ambos são produzidos pela Campari.
    O Aperol mais simples na composição de laranja amarga é adocicado e leve enquanto o campari com mais de 60 ingredientes nos traz aquele amargo mais acentuado de ervas, neste ponto, concordo que o público feminio se adapta melhor ao Aperol.
    Sobre vc englobar o Curaçau em Triple Sec…
    Não concordo.
    Triple Sec e sim, o Cointreau está incluído nesta classe, é baseado em uma receita muito antiga.
    O Curaçau nasceu de uma experiência mal sucessedida dos espanhois na ilha, onde as mudas de laranjas trazidas da Espanha deram frutos amargos e impróprios para o consumo in Natura.
    (Sei que sabe disto mas…)
    Deste modo, diferentemente dos Triple Sec, o curaçau tráz menos açúcar e o gosto peculiar do amargo de suas laranjas locais.
    Por falar nisto, comprei várias marcas de Curaçau e surpreenda-se, o que mais chegou perto do sabor original, na minha opinião, foi o curaçau da Bid.
    R$18 a garrafa…tenho que rir.
    Claro que é o licor presente sempre na minha estande de destilados.
    Pouco açúcar como nós homens gostamos, alcóol relevante e um amargo…

    Comprei o que pude de licores também…
    A maioria me decepcionou mas com isto elegi meus favoritos:

    Secos

    Cointreau (tanto faz brasileiro ou francês…surpreende a similaridade de sabores)
    Gran Orange
    Aurum
    Gran Marnier (Triple sec é mais suave que o cointreau e o de conhaque é similar ao Aurum)
    (É, eu gosto de laranja, assim como anis)
    Chartreuse
    Drambuie (muito bom)

    Femininos
    Carolans vence o Amarula (faça o teste as cegas…kkkk para elas é claro)
    Amarula
    Baileys, Berry Bridge, lochan, Amadeus
    (Tenho um aqui Irlandes que esqueci no nome…mas que elas gostam também)
    Frutados

    Meu dia a dia…
    Licor de Anis com Arak ou com Absinto Birds Nacional.

    Por falar em Absinto, ainda tenho pra vender 3 colheres para o ritual de absinto no Mercado Livre.
    Se tiver interesse, só visitar o site e buscar por colher de absinto…valor 45 e frete 20.
    (Comprei 2 taças originais para absinto por R$60..um absurdo mas….)

    O absinto que mais gostei foi o Pere Kermanns (o verde)
    Normalmente bebo com torrão de açucar e fogo… não gosto de absinto ou Arak com água gelada.

    Parei de investir em bebidas assim como colônias.
    Acho muito caro e nem sempre o resultado é excepcional.

    Tomei Kir com Espumante e Cava..não tive coragem de fazer um Royal pq afinal, não ficou tão bom assim e não vou queimar champagne com Cassis.

    Por ser filho de italianos e por minha lembrança de infância, sempre tenho em casa Sambuca e Strega…
    O Sambuca da marca Strega tem , muito Amieiro e aí eu prefiro outras marcas.
    Muitos Amarettos, mesmo pq faço Tiramisu.

    Amarula Gold e Southern Comfort estão pra mim num nível diferente…
    Nem licor, nem aperitivo.
    O Southern tem um sabor acentuado demais de baunilha o que neutraliza o caramelo

    Enfim, somos todos bêbados que, por nossa curiosidade e sorte do destino, conseguimos comprar as bebidas para testarmos mas claro, como disse lá no começo: Gosto é gosto.

    Se ainda não possuir a colher do absinto compre… só tenho 3 disponíveis

    Um forte abraço

    • Marcos, obrigado pelo comentário, percebe-se que você entende bastante de bebidas. Eu gostaria de responder uma a uma suas observações, mas nesta época de fim de ano não vou conseguir. De qualquer forma, há coisas aí para se pensar. Valeu, abraços!

    • gabriel disse:

      Amostrado do Caralho! Comentário desnecessário para um post muito bem feito e enxuto.

  4. geraldo disse:

    Borba, como devo armazenar as bebidas depois de aberto, principalmente o aperol, Licor de pessego da Marie Brizzard, cointreau e os Syrup da Monin?

    • Geraldo, ótima pergunta. O Aperol e o licor de pêssego, por não serem cremosos e conterem álcool, devem durar normalmente fora do gelo mesmo depois de abertos. No caso do licor, por muitos anos. Considerando que o Aperol possui pouco álcool, talvez menos, mesmo assim certamente o sabor vai se manter “ok” por muitos meses. Não há validade determinada. Já com relação aos syrups, eles também duram muitos anos mesmo fora da geladeira. Afinal, a grande quantidade de açúcar conserva. É parecido com o mel, você pode guardar por um período muito longo sem refrigeração. Na minha experiência, os xaropes duram muito mesmo.

      • Bruno Abu Hanna disse:

        Boa tarde. Um simples comentário, o mel simplesmente não tem prazo de validade determinado. Ele fica útil por anos. Há quem diga que mel achado em tumbas no Egito ainda é bom.
        Eu conservará um licor por 5 anos depois de aberto. Caso contenha leite como Bailey s e é Sheridans, talvez 1 ano. Mas essa é a opinião de um amador. Abraços

  5. Pingback: Sugar Syrup (Xarope de Açúcar): Como Preparar | Antonio Borba

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *