Eu me surpreendi quando li que a PCB (placa-mãe) dos dois arcades, o Warlords Cocktail e o Warlords Upright, seriam a mesma. Afinal, existem diferenças importantes entre os jogos:

A versão Cocktail é para 4 jogadores, enquanto a Upright é para 2 players, somente; A versão Cocktail utiliza monitor colorido, enquanto a Upright é em preto e branco; Na versão Upright, a tela é espelhada, embora isso geralmente dependa de uma configuração de dip switch na PCB.

Então, aproveitando que eu estava com as duas versões de gabinete na minha coleção, e na mesma sala, resolvi aproveitar o momento para fazer o seguinte teste.

Primeiro, retirei ambas as placas:

Depois, coloquei elas lado a lado para comparação. Nesta imagem, é possível identificar, fora a diferença de tonalidade da placa, a presença de um kit High Score Save no Warlords Cocktail (placa de cima):

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Após uma história inicial incrível, acredito que tive muita sorte de conseguir um gabinete de Warlords Upright em estado de conservação tão incrível.

O painel de controle, possivelmente já substituído, está completamente impecável.

Sobre a arte lateral, ou side art, ainda fico na dúvida se foi trocada, pois possui algumas características de desgaste em cantos que são compatíveis com um desenho original.

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Breakout, da Atari, foi um jogo de certa forma revolucionário, que incorporou a legítima evolução do gênero definido como “Ball and Paddle”, cujo primeiro representante deu o pontapé inicial na indústria dos video arcades – Pong.

O conceito não foi completamente novo. Ao misturar elementos do Clean Sweep, da Ramtek (1974), bem como os próprios fundamentos do Pong (1972), a Atari lançou Breakout em 1976, no auge da Era de Bronze dos Video Arcades, atingindo sucesso mundial ao oferecer um desafio single player, em oposição ao Pong e similares, que exigiam mais de um jogador na partida. 

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Após receber o arcade Breakout, da Atari, junto com o Super Breakout e mantê-los alguns meses na Rede Magic enquanto eu restaurava outros gabinetes, finalmente os transportei para o meu apartamento, onde iniciei o diagnóstico.

Este vídeo resume bem a situação inicial deste arcade:

Como primeira providência, retirei a placa-mãe para inspeção. Foi uma surpresa negativa, pois o problema não era somente o capacitor. Estas placas antigas faziam a conversão de tensão diretamente nelas em vez de utilizar uma placa auxiliar ligada à fonte de energia. E, como é relativamente comum de acontecer, havia fortes marcas de sobreaquecimento na parte traseira.

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Após realizar os testes e diagnosticar que o monitor TEC TM-600 do arcade Breakout, da Atari, estava com problemas, resolvi desmontar o chassis para envio das placas ao exterior para reparos. O objetivo era aproveitar o frete de outro monitor, também em preto e branco, que seria enviado para um especialista. Este segundo monitor era do arcade Tank II, o qual eu seguia reformando em paralelo.

Ao longo dos anos, os gabinetes de arcade foram evoluindo. Em alguns mais antigos, especialmente da Era de Bronze, retirar algumas peças costuma ser mais trabalhoso. Eu logo descobri que a retirada do monitor do Breakout não seria feita apenas soltando alguns parafusos, pois todos os acabamentos estavam muito bem encaixados na curvatura do tubo:

Para retirar o monitor, o primeiro passo é soltar o painel de controle. Para isso, deve-se abrir a coin door, desconectar os plugs Mate-N-Lok e soltar as arruelas dos carriage bolts.

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Cerca de 2 meses depois de enviar o monitor TEC TM-600, do arcade Breakout, da Atari, para o exterior e recebê-lo reparado, era o momento de finalmente colocar o jogo em funcionamento.

É muito interessante a lista de reparos que o técnico escreveu à mão. Consertar monitores de tubo é uma arte antiga e quase esquecida, por isso achei esse bilhete sensacional. O técnico menciona o que encontrou: um fusível queimado (que não percebi), placa de circuito do flyback quebrada em 3 pedaços, pelo menos um capacitor estourado e outros de má qualidade substituídos e resistores queimados. Isso fora os ajustes como a voltagem do circuito B+, que tem papel determinante na alta tensão do flyback e demanda mão de obra muito especializada para acertar.

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