Em progressão para o término da montagem do gabinete do arcade Circus, da Exidy, instalei o painel de controle completamente restaurado, como já demonstrado neste post. Vale conferir também a diferença na restauração da fórmica do gabinete:
Com cuidado para não trocar nenhum cabo, seguindo sempre as referências fotográficas, o painel foi conectado ao chicote do jogo.
Um pequeno detalhe que descobri foi este fio solto, oriundo da PCB. Sem localizar nenhum ponto de ligação, optei por isolá-lo:
A montagem do gabinete do arcade Circus, da Exidy, chegou à sua fase final.
O painel de controle, completamente restaurado, só necessitava dos parafusos de fechamento. De forma muito curiosa, este é o único painel do qual consigo lembrar que possui parafusos do lado de fora, algo que, por motivos óbvios, não era recomendado.
Porém, mesmo com 4 parafusos externos, o painel ainda é fixado mais uma vez por 4 porcas estilo borboleta pelo lado de dentro (que não estão nos mesmos parafusos):
Dessa forma, são 8 pontos de fixação do painel, o que me parece certo exagero. Talvez, por um erro de projeto, tenham inicialmente previsto apenas 4 parafusos e depois tiveram que acrescentar mais 4 para reforçar a estrutura.
Em retrospectiva, o arcade game Circus, da fabricante Exidy, é um dos gabinetes mais bonitos da Era de Bronze dos Arcades, ou Bronze Age of Video Arcades.
Com uma side art monocromática feita por stencils (que durante as restaurações foi substituída por adesivos), o grande destaque desse gabinete é seu acrílico frontal – plexiglass ou bezel –, que possui círculos convexos formando o nome “Circus”.
Um dos meus jogos preferidos, Tapper foi patrocinado pela Budweiser e fabricado pela Bally Midway em 1984, para agradar aos “bebedores de cerveja”. O gabinete desse jogo é um dos mais belos já concebidos, com um visual único que chama a atenção imediatamente graças aos detalhes em cor dourada, como os trilhos de pé e o porta-copos.
Devido ao “tema alcoólico”, a adoção inicial do jogo se deu somente em bares ao longo da América do Norte, enquanto, na conversão para os videogames, a cerveja era invariavelmente substituída por diferentes tipos de refrigerante, para permitir que crianças e adolescentes jogassem.
Em 1984, a cena de arcades na América do Norte estava bastante evoluída, com diferentes opções de gabinetes para acomodar as mais variadas necessidades. Os modelos Full Size, ou Upright, eram os preferidos para os salões de arcades, enquanto o Cocktail era utilizado em alguns layouts de bares e as versões Cabaret – uma opção menor dos gabinetes Upright – buscavam ocupar menos espaço.
Foi nesse contexto histórico que a fabricante de brinquedos MGA (Marvin Glass and Associates), inventora do famoso Simon (conhecido no Brasil como Genius), teve a ideia de produzir um video arcade destinado a bebedores de cerveja, para ser colocado exclusivamente em bares. E assim, lançado pela Bally Midway, surgiu o Tapper.
Concebido com suportes para copo e uma barra de latão para apoiar os pés como partes integrantes do gabinete, seu design era simplesmente único, chamando muito a atenção do público tanto na época quanto hoje.
Tapper, da Bally Midway, não estava necessariamente na lista de arcades que eu escolheria para montar meu Game Room, apesar de eu sempre ter gostado de jogá-lo no MSX, plataforma em que conheci esse jogo.
Porém, ao me aprofundar no mundo do colecionismo de arcades, comecei a admirar os gabinetes de Tapper que apareciam para venda, pois eles se destacam de qualquer outro. O que mais chama a atenção nesses gabinetes são os acabamentos dourados, mas a própria arte lateral é muito marcante, e é impossível não reparar nos controles em formato de alça de torneira de chope.
