Após fazer os reparos mais básicos no arcade Track & Field Cocktail (base e placa-mãe), comecei a me debruçar na parte elétrica de forma geral. Um fato curioso é que, durante o transporte internacional dessa máquina, inúmeros parafusos e botões se soltaram. Apesar da proteção em caixa de madeira, esse foi o gabinete que recebi com o maior número de peças soltas.

As fotos acima são apenas um exemplo, mostrando o test switch e alguns cabos de aterramento soltos, sem indicação alguma de onde poderiam ser fixados.

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O próximo passo do processo de restauração do arcade Track & Field modelo Cocktail foi melhorar a condição da gaiola das placas principais. Como é possível perceber, a condição não era das melhores, com o acabamento em zinco já oxidado e apresentando textura áspera:

O procedimento adotado foi abrir a cage e remover os trilhos de fixação do PCB boardset:

Enviada para nova zincagem, cerca de duas semanas depois a cage retornou em excelente condição:

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Após organizar o hardware, especialmente a parte de força do arcade Track & Field Cocktail, e também as atualizações de software/hardware e limpeza do boardset, chegou o momento de dar certa atenção à parte estética do gabinete.

Esta máquina, em especial, foi restaurada nos Estados Unidos, conforme detalhado nos primeiros capítulos desta série. Porém, a restauração feita pelo John Wirtz focou nos elementos principais do gabinete (e, certamente, alguns dos mais trabalhosos), como painel de controle, coin door, moldura T-Moulding e polimento do laminado.

Com relação a elementos como vidro, acrílico, moldura do monitor, entre outros, John optou por manter as peças originais. Apesar do precioso aspecto histórico desses componentes, eles infelizmente não apresentavam bom estado de conservação e meu desejo era ter um gabinete impecável.

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Após finalizar toda a restauração estética e eletrônica do arcade Track & Field Cocktail, e durante as diversas partidas jogadas neste período de reparos, percebi que a imprecisão dos controles prejudicava muito a jogabilidade. Algumas vezes um botão falhava e era difícil acertar o ângulo ao segurar o botão central.

Os botões da maior parte dos arcades antigos funcionam através dos interruptores de folha de metal, chamados de leaf switches. Ao pressionar o botão, duas lâminas de metal com um acabamento em tungstênio fazem contato, acionando o comando.

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Bastante se falou nos posts anteriores a respeito do Hyper Sports, jogo continuação do Track & Field, e da placa Hyper Sports Rearranged, que defino como a melhor aquisição para quem tem um desses arcades.

Mas afinal, o que é a placa Hyper Sports Rearranged e como ela surgiu?

Tudo começa com o site High Score Saves, comandado por Joe. Ele fornece ao mercado diversos kits para salvar recordes, alguns com opções multijogos. Além de reproduzir placas já existentes no mercado, Joe desenvolve os seus próprios kits, como é o caso deste.

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A Era de Ouro dos Arcades iniciou ao redor de 1980 com o lançamento da tecnologia vetorial em escala e a concepção dos primeiros jogos coloridos, abandonando de vez os arcades em preto e branco característicos da Era de Bronze.

A Williams, fundada em 1943, já tinha uma larga experiência em pinballs e videoarcades, tendo inclusive lançado um clone do Pong, chamado Paddle-Ball (surpresa, quem sabe eu tenha um deste a caminho da minha coleção).

A empresa colocou o pé direito na Era de Ouro dos Arcades com o lançamento do Defender, em 1981, um enorme sucesso que é até hoje um dos jogos mais difíceis já concebidos e, sem dúvida alguma, o mais desafiador da sua época.

A partir do hardware do Defender, a Williams concebeu o Joust, em 1982. O tema era bastante diferente e inovador: cavaleiros medievais com lanças montados em avestruzes e cegonhas gigantes, lutando contra urubus e… pterodáctilos!

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