A restauração do arcade Star Trek, da Sega, finalmente estava quase pronta. Porém, como o kit multigame havia sido retirado por problemas técnicos, esse arcade estava sem a função “free game”, que possibilita iniciar um jogo sem ter que usar moedas.

Assim, para iniciar o jogo, é preciso ficar abrindo a porta e acionando manualmente o switch de alimentação de moedas.

Para contornar esse problema, o mais comum é instalar um “botão de fichas” (coin button) na coin door do gabinete, de forma que, do lado de fora, seja possível inserir créditos.

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Com muito alívio, chegamos ao fim de uma saga épica: reviver um arcade vetorial colorido Star Trek, da Sega, em uma conversão a partir de um gabinete de Asteroids. O único exemplar deste arcade em pleno funcionamento no Brasil, até onde tenho conhecimento.

Com as dificuldades, aprendi bastante – não somente a diagnosticar problemas intermitentes e difíceis de detectar, mas também a exercitar a paciência para repetir procedimentos que exigem cuidados em sua execução.

A lição mais importante, talvez, tenha sido saber quando deixar de insistir e abrir mão de algumas opções de projeto. No caso desta restauração, o kit multigame e o coin button são exemplos dessa natureza.

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Quarto arcade vetorial da minha coleção, o Space Duel, da Atari, representa a evolução da tecnologia vetorial colorida. Foi o segundo color vector a chegar ao Brasil, com a tecnologia seguindo a mesma linha do Black Widow, com a qual eu já estava familiarizado depois de todos os desafios que enfrentei para colocar o monitor Wells-Gardner WG6100 em funcionamento.

O ano: 1982. A Era de Ouro dos Arcades (The Golden Age of Arcade Video Games) estava no auge de uma rápida e intensa trajetória, vivendo seus últimos anos de glória no período entre 1979 e 1983. Enquanto a tecnologia vetorial não chegava ao fim, os jogos apresentavam uma notável evolução em suas características gráficas e técnicas, e Space Duel exibia uma otimização do algoritmo de jogo em relação a seus predecessores.

Conheça esse fantástico jogo de arcade da Atari através de uma leitura dos capítulos desta jornada de restauração:

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O superclássico Asteroids, de 1979, representou um marco na indústria dos video arcades, sendo o segundo megassucesso de mercado depois do precursor Space Invaders, da Taito. A repercussão do Asteroids foi tão intensa que os operadores de arcades atingiram o breakeven no primeiro mês de operação.

E, assim, o primeiro arcade vetorial a alcançar as massas foi o grande acerto da Atari, com dezenas de milhares de gabinetes fabricados, e um dos grandes responsáveis por fazer a transição entre a Bronze Age e a Golden Age dos arcades. Mais a respeito da história desse video arcade pode ser visto neste vídeo do canal PatmanQC:

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Sendo Asteroids um dos meus jogos preferidos e considerando o Space Duel como o legítimo sucessor da linha, naturalmente este era um arcade que eu tinha uma curiosidade imensa de ter e experimentar com todas as suas variações de jogos.

Um belo dia, o time do Bob Cunningham, da página de Facebook As Found Arcade Machines, colocou um anúncio para este magnífico exemplar de gabinete:

Não é muito comum encontrar arcades com esse nível de conservação original sem passar por um processo de restauração. A impecável side art, a melhor que eu já havia visto nesse arcade, foi o que me motivou a adquirir mais esse jogo para a minha coleção.

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Todas as dificuldades que julgo serem possíveis de enfrentar com monitores vetoriais coloridos eu vivenciei para colocar meu arcade Black Widow em funcionamento. Aprendi o suficiente para saber que, por exemplo, antes de colocar um monitor WG6100 para funcionar, é preciso seguir um passo a passo.

O arcade Space Duel segue a mesma tecnologia dos color vectors da Atari, todos com monitores Wells-Gardner Quadrascan Color XY, ou WG6100. Em um vector, estar funcionando fora do Brasil é uma coisa. Ao receber o arcade, é prudente seguir uma sequência para ligá-lo. Para isso, é recomendável desligar o cabo do monitor e realizar testes básicos na placa-mãe, a começar pela corrente de alimentação, que precisa estar por volta de 5V:

Em seguida, ainda com o multímetro, é possível testar as voltagens X e Y dos vectors horizontais e verticais. Essas saídas transmitem corrente alternada (AC) e corrente contínua (DC) ao mesmo tempo, ou, como alguns preferem utilizar, a AC seria a medição do offset da DC, que é um deslocamento da onda para fora do eixo.

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