Com o gabinete do Tapper – arcade game da Bally Midway – consertado e recuperado, chegava o momento de iniciar a restauração e, ao mesmo tempo, encarar o desafio de melhorar ainda mais o excelente trabalho de Jeff Willard Jr.

O primeiro aperfeiçoamento que decidi fazer era uma escolha lógica: a restauração do conjunto de força – power supply ou power brick –, que estava em péssimo estado de conservação. Conforme explicado anteriormente, foi uma escolha consciente do Jeff apenas preservar a fonte analógica original como forma de ligar o monitor, enquanto a alimentação mais delicada, necessária para as placas lógicas, era feita por uma fonte chaveada moderna, ou switching power supply.

O conjunto de força do Tapper foi o mais robusto com o qual me deparei. Ele é tão pesado que possui 2 alças para retirá-lo do fundo do gabinete – e, acredite, é preciso realmente usá-las. Uma verdadeira besta alimentada por 2 grandes capacitores com impedância ao redor de 50.000 uF (maiores que o Big Blue, da Atari), um capacitor a óleo que até então

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Após desmontar completamente o conjunto de força do Tapper, arcade game da Bally Midway, as chapas metálicas foram enviadas para um banho de zinco. A cor escolhida foi o zinco amarelo, para transformar completamente o conjunto de força e fazê-lo combinar com os tons de dourado presentes nas peças externas desta máquina.

O resultado foi surpreendente:

Fica difícil até de comparar com o estado original da chapa metálica:

Além do banho de zinco nas chapas principais, as alças e até mesmo os suportes de capacitores receberam o mesmo acabamento:

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A montagem do conjunto de força do Tapper, arcade game da Bally Midway, estava na metade. Porém, a parte mais difícil viria justamente agora, em que seria necessário desmanchar todas as soldas, crimpar conectores e conectar corretamente inúmeros cabos.

Os capacitores, por exemplo, estavam com seus polos ligados a resistores, e o capacitor azul estava sem conectores, mas com soldas e extensões ligando seus componentes. Eu retirei o resistor e o crimpei a terminais de anel.

Além disso, desmanchei a solda nos fios e crimpei individualmente todos eles a terminais.

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Com o conjunto de força do arcade Tapper, da Bally Midway, plenamente reconstruído e aperfeiçoado, dei início ao processo de montagem dos componentes no gabinete. Geralmente, a ordem ideal é iniciar pelo conjunto de força, instalando as placas auxiliares e começando a encaixar o chicote, ou harness:

O harness costuma ser longo e geralmente é um pouco difícil ter a percepção clara de por onde passar exatamente cada fixação e conector. Por esse motivo, um amplo registro fotográfico durante a desmontagem é essencial. 

O próximo passo, após a instalação das placas auxiliares e do conjunto de força, pode ser a iluminação do marquee, o que já possibilita saber se a alimentação do arcade está funcionando. No caso, aproveitei e instalei os alto-falantes, que em muitos gabinetes ficam localizados na parte superior, junto às luminárias.

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Após montar todo o conjunto de força, boardset e harness do arcade Tapper, da Bally Midway, havia chegado a hora de montar o monitor. E, para isso, alguns ajustes seriam necessários.

O monitor utilizado no meu arcade Tapper é um Wells-Gardner K4900, um dos menos comuns, adotado em alguns arcade games no início dos anos 1980. Possivelmente, este monitor não era original deste gabinete, pois os conectores haviam sofrido adaptações e não formavam pares.

O chassis estava bastante sujo, e todo o conjunto precisaria de alguma limpeza antes de ser montado no arcade. Então, desmontei os principais componentes.

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Ao encaminhar a restauração do arcade Tapper, da Bally Midway, para as etapas finais, eu iria realizar o maior upgrade no fantástico trabalho de Jeff Willard Jr. Até então, as principais melhorias haviam sido feitas internamente:

Restauração estética e eletrônica completa do conjunto de força original. Limpeza, revisão e remontagem do monitor com novas conexões.

A terceira, e visualmente mais impactante, viria a ser os novos “dourados” para as peças de acabamento. 

Explicando: o gabinete de Tapper possui os trilhos de pés feitos de metal banhado em latão, mas os “cup holders”, ou apoios para copo, que formam as “ombreiras” da máquina, costumam oferecer um acabamento mais rude, pois são forjados com liga de antimônio, o que dificulta obter uma textura lisa. Os que vieram no gabinete de Jeff Willard tinham uma pintura feita com spray dourado, o que proporciona um acabamento naturalmente mais precário.

Além disso, os cup holders estavam bastante riscados, e mesmo o foot rail apresentava manchas.

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