O resumo do processo de restauração do arcade Star Trek, vetorial colorido da Sega, neste momento, era o seguinte:

boardset e monitor nos Estados Unidos para reparo; gabinete recém-restaurado, por completo, na marcenaria; todas as peças em caixas para serem remontadas.

Eu resolvi iniciar o trabalho, antes mesmo de ter as placas em mãos, através da montagem do conjunto de força deste arcade, que por si só já seria um desafio devido ao excesso de cortes e emendas no chicote e à instalação anterior de duas fontes, a original analógica e uma moderna, chaveada.

A primeira parte foi fácil: eu fixei a fonte chaveada, ou switching power supply, na lateral do gabinete onde se encontrava anteriormente, e o power brick, ou fonte analógica, acomodei no fundo do gabinete, com a base solta, para ter certeza de medir o comprimento de todas as ligações de cabos antes de fixá-lo.

Troquei o cabo de força/power cord antigo por um modelo novo, eliminando os conectores de rosca e crimpando conectores elétricos fêmea para uma conexão perfeita.

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Diário de bordo do arcade Star Trek: 2 envios ida e volta ao exterior do boardset completo, sendo um deles com a cage, e 3 envios das placas do monitor. Apesar disso, até o momento, o arcade não estava funcionando!

A palavra “frustração”, até então, dominava todas as etapas desta difícil restauração. Além disso, o verbo “desistir” começava a fazer parte dos meus pensamentos com relação a este arcade game.

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Com o monitor color vector Electrohome G08-003, do meu arcade Star Trek, finalmente consertado e funcionando após 5 montagens, pude seguir para tratar dos últimos detalhes rumo à conclusão da restauração — afinal, agora seria tudo muito simples. Certo?

Bem, eu ainda estava enganado, como veremos ao longo deste capítulo e do próximo.

O Painel de Controle

O painel de controle deste arcade Star Trek foi adaptado e adesivado sobre o painel do Asteroids pelo fato de ser um kit de conversão oficial da Sega, conforme exposto anteriormente. Porém, o estado geral dos botões não era muito bom – um dos botões de game start estava com o plástico derretido, e todos, de forma geral, estavam bastante sujos:

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Com muito alívio, chegamos ao fim de uma saga épica: reviver um arcade vetorial colorido Star Trek, da Sega, em uma conversão a partir de um gabinete de Asteroids. O único exemplar deste arcade em pleno funcionamento no Brasil, até onde tenho conhecimento.

Com as dificuldades, aprendi bastante – não somente a diagnosticar problemas intermitentes e difíceis de detectar, mas também a exercitar a paciência para repetir procedimentos que exigem cuidados em sua execução.

A lição mais importante, talvez, tenha sido saber quando deixar de insistir e abrir mão de algumas opções de projeto. No caso desta restauração, o kit multigame e o coin button são exemplos dessa natureza.

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Todas as dificuldades que julgo serem possíveis de enfrentar com monitores vetoriais coloridos eu vivenciei para colocar meu arcade Black Widow em funcionamento. Aprendi o suficiente para saber que, por exemplo, antes de colocar um monitor WG6100 para funcionar, é preciso seguir um passo a passo.

O arcade Space Duel segue a mesma tecnologia dos color vectors da Atari, todos com monitores Wells-Gardner Quadrascan Color XY, ou WG6100. Em um vector, estar funcionando fora do Brasil é uma coisa. Ao receber o arcade, é prudente seguir uma sequência para ligá-lo. Para isso, é recomendável desligar o cabo do monitor e realizar testes básicos na placa-mãe, a começar pela corrente de alimentação, que precisa estar por volta de 5V:

Em seguida, ainda com o multímetro, é possível testar as voltagens X e Y dos vectors horizontais e verticais. Essas saídas transmitem corrente alternada (AC) e corrente contínua (DC) ao mesmo tempo, ou, como alguns preferem utilizar, a AC seria a medição do offset da DC, que é um deslocamento da onda para fora do eixo.

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Até hoje eu nunca recebi um arcade com o monitor devidamente regulado, e, considerando que houve troca de placas defletoras, entre outros componentes, é praticamente obrigatório realizar certo grau de ajuste na imagem.

Nos arcades vetoriais coloridos da Atari, diferentemente do que se possa pensar, esses ajustes não são realizados nas placas do monitor, mas sim na placa-mãe do game (PCB). Os potenciômetros utilizados para isso são XSIZE, YSIZE, XCTR e YCTR. Além disso, na maior parte das vezes é necessário ajustar certa geometria através do XBIP e do YBIP, que controlam a intersecção das linhas diagonais com o grid reto.

O processo de ajuste do monitor vetorial geralmente exige a presença de duas pessoas, a não ser que seja realizado com o chassis do monitor fora da máquina. O vídeo a seguir ajuda a entender o funcionamento dos pots SIZE e BIP:

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