Black Widow #5: AVG Chip – O Componente que Vai Falhar

Black Widow #5: AVG Chip – O Componente que Vai Falhar

Aparentemente, toda história de arcades tem seus contornos míticos, e aqui vai mais um deles, que se aplica plenamente à geração de color vectors. Em 1982, a Atari desenvolveu para estas máquinas um circuito integrado proprietário, comumente chamado de AVG Chip – Analog Vector Generator – um componente com 40 pinos que se conecta na parte da PCB conhecida como VSM (Vector State Machine).

O AVG foi utilizado em 6 color vector arcades:

  • Gravitar
  • Black Widow
  • Space Duel
  • Star Wars
  • Quantum
  • Major Havoc

Para entender a funcionalidade do AVG, é preciso voltar aos vetores monocromáticos, como o Asteroids, e, até mesmo antes disso, entender a funcionalidade dos chips TTL (Transistor-Transistor Logic).


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Black Widow #6: WG6100 – O Desafio de Montar um Novo Monitor

Black Widow #6: WG6100 – O Desafio de Montar um Novo Monitor

restauração do Black Widow estava na seguinte etapa: substituição do chip AVG concluída com sucesso e um novo monitor recebido – o conjunto comprado de um colecionador e consertado pelo especialista Slackmoe, formado por uma placa defletora e uma gaiola de alta voltagem. Este kit deveria ser montado com a minha neck board, que não foi enviada para conserto.

O procedimento de montagem de um monitor WG6100 é um pouco complexo, por existirem muitos conectores a serem ligados e por ser necessário tomar o máximo de cuidado para não trocar nenhum deles de lugar. Os conectores geralmente possuem combinações de pinagem que evitam a ligação acidental.

Por exemplo, os plugs principais do padrão Molex possuem formatos que impedem a conexão errada, e os plugs menores que são iguais uns aos outros geralmente utilizam a técnica de keying, que consiste em inserir uma key plástica em um dos espaços fêmea, com correspondência de pinagem macho. Desta forma, torna-se impossível conectar o plug no espaço errado:

Ainda assim, no caso do WG6100, 


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Black Widow #7: Testando um Arcade Vetorial com Osciloscópio

Black Widow #7: Testando um Arcade Vetorial com Osciloscópio

Após tentar sem sucesso diagnosticar problemas no monitor WG6100 do meu arcade Black Widow, eu cheguei à conclusão de que, para lidar com vector arcades, eu precisaria evoluir o meu conhecimento e aprender mais sobre a geração de imagens vetoriais.

Havia chegado a hora de aprender a mexer com o osciloscópio, ou, para simplificar, o scope. A característica deste tipo de equipamento é permitir receber uma grande gama de sinais de vídeo sem danificar o display, pois é uma ferramenta fabricada justamente para diagnosticar problemas de sinal, ao contrário dos monitores vetoriais dos arcades, que são projetados para operar dentro de limites técnicos.

Os osciloscópios antigos eram fabricados com monitores vetoriais incorporados e, por este motivo, podiam representar com perfeição o sinal XY. Aliás, muitos jogos pré-arcades foram desenvolvidos para funcionar em osciloscópios analógicos. Aqui está um exemplo do clássico Lunar Lander perfeitamente representado em um scope configurado para modo XY:


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Black Widow #8: A Substituição dos Transistores de Chassis do WG6100

Black Widow #8: A Substituição dos Transistores de Chassis do WG6100

Os monitores color vector WG6100 possuem a característica de fazer a dissipação de calor através de um conjunto de transistores de chassis, também conhecidos como bottle cap transistors.

Fazer a instalação e os testes deles não é algo complicado, mas é uma tarefa um pouco chata, que exige paciência, e o acesso ao conjunto de transistores implica em desmontar a placa defletora do WG6100. A substituição exige confirmar, através de testes de continuidade, se nenhum transistor está em curto com o chassis metálico.

Como eu havia acabado de receber do técnico Slackmoe um monitor testado – teoricamente em perfeito estado de funcionamento – que montei sem sucesso, o próximo passo seria verificar mais uma vez o conjunto de transistores. No passado, eu já tinha feito este processo cerca de três vezes, porém existia a possibilidade de que o monitor anterior houvesse danificado algum transistor ou tivesse algum problema nos cabos.


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Black Widow #9: O Verdadeiro Desafio de Fazer Funcionar um Color Vector – Parte 1

Black Widow #9: O Verdadeiro Desafio de Fazer Funcionar um Color Vector – Parte 1

Após tentar, exaustivamente, fazer funcionar o monitor color vector WG6100 do meu arcade Black Widow, eu havia refeito por completo a instalação dos transistores de chassis.

Antes de prosseguir com um novo processo de montagem do monitor, percebi que o cabo vermelho que conecta a HV cage à neck board havia soltado. Estes cabos possuem núcleos duros, com pouca flexibilidade. Portanto, é normal que, devido à intensa manipulação de montagem e desmontagem do monitor, esse tipo de incidente possa ocorrer.

O processo de soldagem deste tipo de cabo de alta voltagem é um pouco diferente e necessita ser feito com toda a segurança. O cabo deve transfixar a placa, e para isso é preciso retirar toda a solda velha, desencapar o cabo e fazer uma instalação limpa, aplicando a solda do lado contrário:


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Black Widow #10: O Verdadeiro Desafio de Fazer Funcionar um Color Vector – Parte 2

Black Widow #10: O Verdadeiro Desafio de Fazer Funcionar um Color Vector – Parte 2

O post anterior retrata o insucesso da minha tentativa de fazer funcionar o monitor color vector do arcade Black Widow que comprei fora do Brasil e foi reparado pelo técnico Slackmoe.

Durante este período de recebimento e testes, aconteceu de eu finalmente receber de volta o meu monitor WG6100 original, aquele que havia sido reparado por uma empresa especializada, porém no envio ao Brasil acabou extraviado nos correios e foi parar na Coreia. Após retornar aos Estados Unidos, ele foi reparado uma segunda vez e, posteriormente, enviado ao Brasil e recebido.

Na foto abaixo, o monitor do Slackmoe está montado no chassis, enquanto o meu monitor original está à direita, sobre o móvel:

Esta já é uma imagem de causar inveja aos arcade geeks (rs), afinal, retrata um monitor WG6100 sobressalente, algo cada vez mais difícil de ser visto.


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