Asteroids #7: O Potenciômetro Mais Raro do Mundo

Asteroids #7: O Potenciômetro Mais Raro do Mundo

Outro problema que meu arcade Asteroids sempre teve foi uma interferência na regulagem do volume. Nunca foi possível regular o som com precisão, às vezes ficava muito baixo, às vezes muito alto ou com chiado em determinadas posições do dial. Isso é devido ao desgaste do potenciômetro que controla o volume.

Este potenciômetro tem características um tanto incomuns, possui 50Ω (ohms) de impedância e potência de 12,5W. Eu tentei achá-lo por muitos anos. Busquei em sites nacionais como o Mercado Livre, em lojas de eletrônica e até mesmo nos sites internacionais que vendem peças para arcades. Nunca encontrei.


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Asteroids #8: Ripple Screen – Os Trimpots do Monitor

Asteroids #8: Ripple Screen – Os Trimpots do Monitor

Revisando a restauração até o presente momento, o que temos é: o monitor completamente reconstruído, o conjunto de força reconstruído também e, por fim, uma placa-mãe com recap e conectores de borda revisados. Diante disso, o funcionamento do Asteroids deveria estar perfeito, certo?

Como se trata de um arcade vetorial, a história não é bem assim. Por sorte, estamos lidando aqui com um Asteroids, um vector monocromático da Atari, que é relativamente simples quando comparado a outros modelos, especialmente os coloridos. E, mesmo assim, apesar de toda a manutenção corretiva e preventiva realizada, o arcade ainda não estava funcionando de maneira plena.

Ocasionalmente, a tela apresentava uma espécie de tremor:


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Asteroids #9: Painel de Controle – Um Desafio

Asteroids #9: Painel de Controle – Um Desafio

Há algumas siglas bastante utilizadas no mundo dos colecionadores para se referir aos painéis de controle dos arcades. A mais comum é CP – control panel, seguida de CPO – control panel overlay, utilizada quando a ilustração do painel de controle é aplicada através de um adesivo.

Os primeiros arcades tinham o desenho do painel de controle aplicado através de silkscreen diretamente no metal (“silk on metal”), o que dificulta a recuperação. Uma vez que ocorra o desgaste da pintura, restaurar torna-se um processo complexo. A primeira possibilidade de restauro é o retoque manual, cujo desafio é um tanto delicado e requer uma certa habilidade de quem aplica. Como segunda opção, há o recurso do silkscreen, que exige a gravação de telas, testes e acertos em um processo bastante demorado, porém bem mais preciso.

Em ambos os casos, ainda existe a necessidade de localizar ou fabricar uma tinta que chegue à tonalidade exata do arcade. Se for um retoque, o tom precisa ser encontrado com perfeição.


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Asteroids #10: Detalhes Finais

Asteroids #10: Detalhes Finais

Após os últimos avanços, foi chegada a hora de revisar alguns detalhes e fazer pequenos retoques para finalmente concluir o processo de restauração do meu arcade Asteroids.

O Transistor 2N3055

Nomes de componentes eletrônicos são geralmente uma sopa de letras, porém alguns códigos em especial nós acabamos decorando por força do hábito, e da necessidade. O transistor 2N3055 é um desses.

Comumente utilizado em placas de alimentação e reguladoras de áudio, como a A/R-01 do Asteroids e muitas outras, o transistor 2N3055 é um componente crucial para o bom funcionamento do arcade, sendo amplamente adotado na indústria eletrônica para amplificação sonora. Porém, sua falha durante a utilização do equipamento não somente impede o uso do arcade como também pode estragar e comprometer outros componentes.


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Asteroids #11: Final – Restauração Completa e Fotos

Asteroids #11: Final – Restauração Completa e Fotos

Restaurar o arcade Asteroids, um vector original da Atari de 1979, foi uma jornada de grande aprendizado, especialmente em relação ao funcionamento de monitores vetoriais. Apesar de já conhecer a tecnologia, eu não fazia muita ideia de como funcionava o hardware, até que me debrucei no estudo, aprendizado e conserto.

Esta foi uma restauração relativamente curta, mas de grande valia e que me permitiu entender na prática cada um dos componentes deste arcade que está entre os precursores da Atari.


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Atari Missile Command Cocktail Arcade Restoration (Índice)

Atari Missile Command Cocktail Arcade Restoration (Índice)

Contexto Histórico: A Guerra Fria e o Temor Nuclear

Missile Command é um superclássico da Era de Ouro dos Videogames e possui uma relevância cultural sem precedentes. Este jogo capturou o espírito de uma época de muito medo para o mundo e, especialmente, para o povo americano: o temor de um conflito nuclear oriundo da Guerra Fria entre Estados Unidos e União Soviética.

Conforme mencionei em meu post “Quais os 15 arcades que você escolheria para montar um game room?”, o autor de Missile Command, David Theurer, relatou que, no período em que criou o jogo, acordava de pesadelos em que imaginava cidades sendo bombardeadas. O perigo de uma guerra atômica era real e foi refletido no jogo, que simula um escudo de defesa antimísseis e tem como mecânica posicionar uma mira sobre os diversos artefatos de guerra que ameaçam as cidades (entre mísseis, aviões e satélites).

Missile Command carrega uma tensão que se acumula através do rápido aumento da dificuldade entre as fases. Com a escalação de agressividade do inimigo, o jogador percebe rapidamente que está fadado a sucumbir às ondas de mísseis que assolam suas cidades,


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